Agricultura Familiar faz parte da alimentação escolar da SME

11:57:00Professor Rodolfo Joaquim Pinto da Luz

Os alimentos orgânicos adquiridos pela Secretaria não contém agrotóxicos 

Uma maior variedade no cardápio da alimentação escolar, com novas receitas. Esse é um dos resultados proporcionados pela compra de produtos da agricultura familiar pela Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis. A prefeitura adquire frango, bebidas láctea, queijo, hortaliça e fruta.
Quase 27 mil alunos, distribuídos nas 110 unidades de educação infantil e ensino fundamental, são beneficiados. Nos alimentos orgânicos não há utilização de pesticidas convencionais nem de fertilizantes químicos. Estão livres de uso de aditivos químicos para realçar cor, sabor, formato ou aroma. 
 O frango orgânico, na forma de coxa, sobrecoxa e peito, vêm de uma cooperativa da encosta da Serra Geral.  No extremo oeste catarinense uma associação do ramo fornece bebida láctea, nos sabores de morango, côco e pêssego, queijo mussarela e leite integral e semidesnatado, em embalagem longa vida. Alguns tipos de hortaliças e frutas orgânicas, a exemplo de banana, maça, laranja e beterraba, são adquiridos também de outra cooperativa da serra catarinense.
A Prefeitura de Florianópolis está cumprindo a Lei Federal relativa à aplicação de recursos financeiros vindos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar.  No mínimo 30% da verba devem ser utilizados na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações. Quem tem prioridades são os assentamentos da reforma agrária, comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.
            A ideia é que com a expansão da comercialização de produtos familiares, os pequenos agricultores possam se sentir incentivados para produzirem ainda mais. Outras consequências são a melhoria no padrão de vida das comunidades agrícolas e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Alimentação saudável

O objetivo da alimentação escolar é garantir as necessidades nutricionais das crianças, adolescentes e jovens durante o período em que estão na unidade educativa e contribuir para a sua saúde e formação de hábitos alimentares saudáveis.

Para este ano, estão orçados R$ 11 milhões para serem aplicados no setor, sendo que 80% do dinheiro têm origem de recursos próprios da prefeitura e o restante do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Para fiscalizar as ações da prefeitura, há o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), formado por representantes de pais, professores, sociedade civil e pelo Executivo Municipal. O órgão analisa as prestações de contas, checa notas fiscais e outros documentos relativos aos gastos dos recursos oriundos do Governo Federal, além de verificar a regularidade de abastecimento, qualidade e aceitação do que é servido aos escolares.

Inovações


A introdução de frutos do mar, como o mexilhão, filé de cação e bolinho de peixe no cardápio das unidades educativas é outra ação da Secretaria Municipal de Educação (SME). A necessidade de consumo de pescados como parte de uma dieta saudável é recomendada nos guias alimentares de vários países, inclusive do Brasil. São importantes fontes dietéticas de proteínas de alto valor biológico, vitamina D e E, iodo e selênio. Além disto, são fontes alimentares naturais de ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 e contem baixo teor de gordura saturada.

A SME incluiu ainda no menu o pão fatiado e bisnaguinha integrais, uma vez que possuem maior teor de fibras do que os pães de forma tradicionais. Assim, a Secretaria trocou da alimentação escolar biscoitos doces, biscoitos água e sal pelas versões integrais, e diminuiu o fornecimento de achocolatado.

A Chefe do Departamento de Alimentação Escolar, Cleusa Silvano, assinala que há oferta também de outros produtos, com predominância de frutas e hortaliças, de acordo com a sazonalidade, que contribuem para formação de bons hábitos alimentares, favorecendo a redução da obesidade. Pois se sabe que é nesta idade que formamos os hábitos alimentares para o resto da vida.

Cleusa Silvano destaca igualmente que houve a implantação em algumas unidades educativas da distribuição da alimentação escolar em sistema self-service, agregado a projetos de educação nutricional.

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