Família e Educação juntos pela saúde de Mikael

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Mãe conta com a ajuda do NEI Luiz Paulo da Silva para controlar crises de Hiperinsulinismo do filho

            Mikael da Silva Pereira, morador do bairro santinho, convive desde seu nascimento com uma doença rara, o Hiperinsulinismo, que afeta 1 em cada 50 mil crianças nascidas vivas.  A síndrome pode causar convulsões, atraso de desenvolvimento e dano cerebral permanente.  Hoje, com 6 anos, o pequeno tem a ajuda dos profissionais do Núcleo de Educação Infantil Municipal Luiz Paulo da Silva, no Santinho, onde ingressou aos 2 anos de idade.

            Desde que Mikael entrou na instituição, os profissionais vem sendo orientados pela equipe do Posto de Saúde do Santinho sobre os cuidados com sua saúde. O menino necessita de atenção especial diariamente, uma vez que apresenta os sintomas da doença de maneira frequente, chegando a ter princípios de crise de duas a três vezes durante a semana.

            “No começo eu fiquei assustado com a possibilidade de uma crise, mas depois fui percebendo que é só cuidarmos direitinho da alimentação dele que ele fica bem”, conta Eduardo Tasca, um dos professores de Mikael. “Ele gosta muito da gente e virou meu xodó, nunca vou me esquecer dele e quero continuar acompanhando seu desenvolvimento mesmo depois que ele sair no NEI”, afirma Eduardo.

            O hiperinsulinismo é a causa mais comum de hipoglicemia, baixa concentração de glicose (açúcar) no sangue, na infância e é caracterizada pela secreção inadequada de insulina. A doença tem como principais causas o estresse na hora do nascimento, como asfixia, prematuridade ou retardo do crescimento intrauterino.

Uma cidade acolhedora

            Mikael nasceu em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde ficou meses no hospital. A família veio a Florianópolis por indicação da pediatra, que achou que no município ele teria uma condição de vida melhor devido ao clima, pois o menino tem problemas respiratórios. Na capital, a mãe, Magda, buscou vaga no Núcleo de Educação Infantil Luiz Paulo da Silva.

            “A diretora Gabriela, professores, cozinheiras, faxineiros, todos os profissionais lutam comigo e sempre ajudam minha família”, afirma a mãe. “Enquanto meus próprios parentes e amigos nos abandonaram quando o Mikael nasceu, Deus preparava uma nova e acolhedora família aqui em Florianópolis, a família do NEI Luiz Paulo da Silva”, desabafa Magda.

Cuidando com carinho




            Na unidade o pequeno já teve três quedas bruscas de glicose, ficando abatido, cansado demonstrando sonolência e tremor nas pálpebras. De acordo com a mãe, a equipe da instituição sempre o atendeu com muita agilidade.

            “Aos primeiros sintomas uma das professoras fica em sua companhia e lhe oferece alimentos ricos em glicose”, afirma a diretora Gabriela Silva Martins.

            Nestes casos, normalmente Mikael recusa a comida oferecida e só aceita ingeri-los após muita insistência e em pequenas quantidades. “Em algumas ocasiões a ingestão de açúcar é suficiente para aumentar seu nível de glicose, porém quando isto não acontece é necessário antecipar a dose diária do remédio, que normalmente é ministrado às 15 horas”, afirma a diretora.


            Este é o último ano de Mikael no NEI Luiz Paulo da Silva. Em 2015, o pequeno frequentará o ensino fundamental na escola do bairro e os cuidados passarão para a nova unidade. “Sou muito grata a todos do NEI. O ano que vem ele vai para a escola, mas nunca vou esquecer o carinho que eu e meu filho recebemos no núcleo”, agradece Magda, mãe da criança. 

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