Conselho Estadual de Educação visita Escolas da Capital
17:02:00Cristiana
Membros da entidade
percorreram unidades de ensino da capital em busca de ideias para serem
aplicadas em outras escolas de Santa Catarina
Uma
escola que aproveita água de chuva e tem aquecimento solar na água dos
chuveiros. Outra tem um bosque para ensinar Libras para alunos surdos. Uma
creche resgata brincadeiras de antigamente, aproveita sucata para artes e faz teatro com os pequenos.
A rede municipal de ensino de Florianópolis e
as instalações das unidades são referências para o país. A colocação é do
Presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Maurício Fernandes Pereira.
“Eu passo por diversas regiões do Brasil e sempre ouço falar muito bem da
capital catarinense”. A convite do Secretário de Educação de Florianópolis,
Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, uma comitiva do CEE, além do Secretário de
Educação de Laguna, percorreram nesta
terça-feira (12/03) escolas, creches e núcleos de educação infantil. “Queremos
que o Conselho tenha uma visão ampliada de nossos estabelecimentos com visitas
in loco”, disse Pinto da Luz. E complementou: “boas experiências devem ser
compartilhadas”.
O Presidente
do CEE pretende levar a outras escolas do Estado algumas sugestões de programas
implantados em Florianópolis. Na comitiva estavam também os conselheiros Pedro
Averbeque, Osvaldir Ramos e Vera Rzatik, bem como o Secretário de Laguna, Luís
Fernando Schiefler. O Secretário igualmente veio em busca de ideias que possam
virar realidade no município do Sul do Estado.
Os
dirigentes da Secretaria de Educação de Florianópolis participaram desse tour
por meio dos diretores de ensino fundamental, Cláudia Zanela, de educação
infantil, Altino José Martins, de infraestrutura, Maurício Amorim, e do
Observatório da Educação, Felipe Teixeira. Além deles, a Gerente Financeira,
Marli Lorensetti, e Assessora Técnica, Dória Vicente, integraram a comitiva.
Escola modelo
Uma das
unidades visitadas foi a Escola Desdobrada Municipal Osvaldo Galupo, localizada
no Morro do Horácio. O estabelecimento
de ensino possui um sistema de captação e uso da água da chuva e outro de
aquecimento solar da água dos chuveiros dos banheiros do ginásio. A escola é
distribuída em dois blocos interligados por escadas e rampas. Além disso, há um
elevador que também garante o acesso de pessoas com algum tipo de deficiência a
todos os ambientes. Esta é a maior obra de educação feita em um morro de Santa
Catarina.
Quem aprende nesse bosque?
A
comitiva se deparou com um lugar com gralha azul, saracura, borboleta,
libélula, papagaio de peito roxo, sapo martelo, perereca, aranha, gambá,
lagarto, sagui e cobra. Esses animais moram no bosque da Escola Básica
Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), do bairro Cachoeira do Bom Jesus.
Ele foi
construído com módulos em madeira autoclavada (de alta durabilidade), incluindo
decks e sala verde, para visitação e desenvolvimento de atividades pedagógicas
voltadas à natureza.
Aberto
a todos, em breve o bosque receberá a visita de alunos surdos. A iniciativa tem
o objetivo de promover o aprendizado da Língua brasileira de Sinais, a LIBRAS,
através da observação dos animais e
ampliar o vocabulário da criançada e dos professores.
Brincadeiras do tempo da vovó
Na
Creche Municipal Fermínio Francisco Vieira, no Córrego Grande, os visitantes
conheceram o projeto Integração e Expressão, que resgata brincadeiras de
antigamente. Tempo em que as crianças brincavam nas ruas, calçadas, no quintal
de casa. É um subsídio para que os pequenos tenham aprendizado de forma lúdica.
Tem o pula-corda.
Duas crianças seguram a corda em cada ponta e giram o objeto. Os demais pulam
por cima da corda.
Na amarelinha é desenhado um caminho, com vários quadrados. Eles são
enumerados de um a dez, sendo que o décimo é o céu. Cada jogador joga uma pedrinha
no quadro número um. Se acertar pula em um pé só nas casas isoladas, e com dois
pés nas casas duplas, evitando a que contém a pedrinha. Chegando ao céu, ele
pisa com os dois pés e retorna da mesma forma até as casas dois e três. Se
perder o equilíbrio, colocando a mão no chão, ou pisando fora dos quadrados, o
jogador passa a vez para o próximo.
O Passa anel. Uma criança fica com um anel dentro das mãos e as outras de
mãos vazias ficam na mesma posição. A criança que está com o anel , escolhe uma outra para deixar o objeto
na mão dela. É perguntado para alguém, onde está o anel. Se acertar, esse
jogador fará o jogo.
Arte, teatro, musicalização.
Com sucatas, material reciclável, giz, massinha e guache, a criançada da
Creche Fermínio Vieira se envereda pelo mundo das artes. Os apetrechos viram
telas, esculturas e brinquedos.
Na parte de musicalização, aprendem a cantar as mais diversas canções,
com a participação das professoras, que tocam violão e pandeiro.
Com o teatro, todos encenam clássicos, como o Sítio do Picapau Amarelo, de
Monteiro Lobato. É feito também o teatro de sombras, onde a criançada faz
dramatização na penumbra.
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