Educação
Educação Infantil
Educação: Arthur e Beatriz, irmãos gêmeos, semelhanças e diferenças
11:05:00Unknown
Arthur e Beatriz possuem um
laço que os une desde o nascimento. Gêmeos bivitelinos, providos da fecundação
de dois espermatozoides em dois óvulos, apesar da pouca idade, apenas 3 anos,
já demonstram uma grande personalidade. A Beatriz, ou Bia, como é chamada pelos
colegas, é quem gosta de bater papo com todo mundo. Brincar de boneca e dançar são
as atividades preferidas. Arthur é
mais tímido e reservado. Prefere correr ao ar livre, brincar com jogos de
raciocínio e assistir a filmes. No entanto, quando um chora o outro chora também.
Os dois atravessaram pela
primeira vez as portas amarelas do Núcleo Municipal de Educação Infantil Otília
Cruz, na Coloninha, no inicio de março deste ano. Por lá, já fizeram amizades e
se adaptaram muito bem à nova atmosfera. A professora, Delba Ferreira, é quem
passa a maior parte do tempo com a turma. Apesar de só conhecer os pequenos há
poucos meses, já notou as semelhanças e diferenças entre ambos.
“Quando a Bia chega, a
primeira coisa que faz é escolher uma bolsa. Ela adora bolsas! Brincar de
cozinhar e fazer roupas com alguns panos que temos aqui também entram nas
preferências. Já o Arthur brinca mais sozinho. Gosta de lego, observar as
imagens nos livros e brincar com carrinhos”, comenta.
“Me emociono muito ao falar
deles. São tudo na minha vida”
É com a voz embargada que
Mônica Eli conta sua história. Mãe da Bia e do Arthur, não segura a emoção ao
lembrar com todos os detalhes do dia em que descobriu a gravidez. Foi em casa.
Comprou um teste de farmácia ao suspeitar que houvesse alguma coisa diferente
com o corpo. Após alguns minutos de ansiedade, o resultado veio. E a surpresa também.
Ela e o marido, Domingos
Ferreira, tinham o sonho de se tornarem pais. Mas no ano de 2012 os planos eram
outros. “Nós tínhamos essa vontade de aumentar a família, só que era uma realidade distante. Quando o
resultado deu positivo ficamos muito felizes. Fomos abençoados com dois bebês”,
relembra Mônica.
Foi no 4º mês de gestação
que ela, ao lado da mãe Carla, e de Domingos, que descobriu a dupla gestação.
“O médico nos perguntou se estávamos preparados. Dissemos que sim. Então, ele
contou que eram gêmeos. Um menino e uma menina”, diz a avó das crianças, Carla
Martins.
Todos ficaram em choque, no
entanto, a felicidade foi instantânea. E os preparativos para a chegada dos
filhos deram inicio.
Na família, esse é o segundo
caso. Por parte de pai, Mônica tem primas que são gêmeas. Na família do marido
não há nenhum caso.
Ser mãe em dose dupla
A gestão de Mônica foi interrompida no 7º mês. Por serem prematuros, os irmãos ficaram 40 dias na UTI Neonatal, espaço reservado para tratamento de bebês prematuros ou bebês que apresentam algum tipo de problema ao nascer.
Ser mãe em dose dupla
A gestão de Mônica foi interrompida no 7º mês. Por serem prematuros, os irmãos ficaram 40 dias na UTI Neonatal, espaço reservado para tratamento de bebês prematuros ou bebês que apresentam algum tipo de problema ao nascer.
Para a família foram dias de angústia. “Eu ia
vê-los todos os dias. Amamentava. Ficava observando o jeitinho de cada um. Saía
sempre com o coração nas mãos por querer levá-los comigo”, relembra.
Em casa, Mônica e Domingos
deram conta do recado. Cuidaram dos filhos sozinhos. A mãe do casal comenta que
no começo as dificuldades foram imensas. “Enquanto um chorava, o outro estava
com fome. Era sempre muito corrido, mas ao mesmo tempo gratificante”.
Arthur e Bia são como todos
os irmãos. Brincam juntos, entram em conflito, mas se amam acima de tudo. A
parceria fica estampada no olhar de um para o outro. Confidências trocadas em
silêncio por quem está lado a lado desde o início da vida.
0 comentários