Curiosidades
Educação
HERÓIS DO ATLETISMO BRASILEIRO – CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO
18:22:00Unknown
O Atletismo, um dos mais antigos esportes, trouxe desde sua origem inúmeros destaques e verdadeiros ícones de superação humana. Para o Brasil é o esporte que mais ganhou medalhas, tanto nas Olimíadas, Jogos Pan-Americanos e Mundiais.
São
vários os atletas brasileiros que se tornaram verdadeiros heróis no Atletismo,
superando recordes, e ultrapassando suas próprias marcas.
Dentre os brasileiros daremos
destaques a alguns deles.
Adhemar Ferreira da Silva
Várias vezes recordista no salto-triplo, chegando a marca de 16,35m |
Nasceu em São Paulo, em 1927 e
faleceu aos 73 anos em 2001, logo após receber a Comenda do Mérito Olímpico do
Comitê Olímpico Internacional – COI. Logo cedo tornou-se o maior atleta da
história olímpica do Brasil. Mesmo com sua posição de grande destaque, o
esporte não possibilitou se estabelecer financeiramente, o que acontece com muitos
atletas.
Conseguia treinar apenas
três vezes na semana, no horário do almoço, pois trabalhava e estudava muito.
Formou-se mais tarde com Escultor, em Educação Física, Relações Públicas e Direito, se tornou ator, poliglota e Adido Cultural na embaixada da Nigéria.
Formou-se mais tarde com Escultor, em Educação Física, Relações Públicas e Direito, se tornou ator, poliglota e Adido Cultural na embaixada da Nigéria.
Conquistou sua primeira medalha
aos 20 anos com a marca de 13,05m. Seu primeiro
recorde mundial no estádio do Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro, com
16,01m (1951). Sua melhor marca recordista 16,56m, nos Jogos Pan-Americanos
no México (1955) e permaneceu imbatível por meia década.
Em
grande parte dos treinos foi autodidata, e foi responsável em revolucionar o
salto triplo quando investiu maior atenção para o segundo salto, que até então
servia apenas para impulsionar para o terceiro salto, o que trouxe sua
marca foi muito superior aos
concorrentes durante anos.
Alcançou
dez vezes o prêmio de campeão brasileiro, tendo mais de 40 títulos e troféus
internacionais. Interessou-se pelo salto triplo
em 1947, influenciado pelo atleta Edwald Gomes da Silva.
Veja mais conquistas
alcançadas pelo atleta no salto-triplo:
-
recordista sul-americano duas vezes com 15,51m (1949) e 15,83m (1950)
- campeão pan-americano (1951) e campeão
sul-americano (1952)
- recordista olímpico e medalha de ouro com as
marcas mundiais: 16,12m e 16,22m, nas Olimpíadas da Finlândia (1952)
-
medalhista de ouro em Melbourne, Austrália (1956), ao estabelecer novo recorde
olímpico, com 16,35m.
- pentacampeão sul-americano e tricampeão
pan-americano (1951, 1955 e l959)
- campeão luso-brasileiro, em Lisboa (l960)
Nos
Jogos de Roma (1960), não conseguiu se classificar, mesmo assim obteve o
reconhecimento da torcida italiana, que o ovacionou dentro do estádio olímpico.
Logo depois, descobriu que seu baixo desempenho teria sido causado por estar
com princípio de tuberculose.
Thiago Braz
Thiago conquista medalha de ouro nas Olimpíadas Rio 2016 no salto com vara na marca recordista 6,03m |
Vale destacar para os Jogos Olímpicos Rio 2016 o atleta brasileiro e novo recordista olímpico no salto com vara Thiago Braz. Se torna novo destaque brasileiro no Atletismo com medalha de ouro e novo
recordista. Há 32 anos o Brasil
não ganhava medalha de ouro no atletismo masculino, isto desde Joaquim Cruz
(800 m), em Los Angeles-1984. Entre as provas de campo, o Brasil reconquista o
ouro após muitos anos. Em prova de campo,
é o primeiro ouro do Brasil desde Adhemar Ferreira da Silva, em Melbourne-1956.
Thiago conquista
medalha de ouro no salto de 6,03m alcançando o novo recorde olímpico, na disputa
contra Renaud Laevilleni que saltou 5,98m.
Ambos haviam
empatado para chegar a final, com 5,93m.
Atualmente Thiago Braz treina na Itália com o ucraniano Vitaly Petrov . Destaca-se entre os dez melhores do mundo a modalidade, evoluindo em suas marcas ano a ano.
Atualmente Thiago Braz treina na Itália com o ucraniano Vitaly Petrov . Destaca-se entre os dez melhores do mundo a modalidade, evoluindo em suas marcas ano a ano.
Nasceu no interior de São Paulo, e começou no esporte aos 14 anos, influenciado por seu tio. As conquistas mais recentes de Thiago: -1º lugar no Troféus Brasil 2015; -Campeão Sul Americano 2013.
Fabiana Murer
Vale ressaltar também a atleta brasileira Fabiana Murer, destaque no Campeonato Mundial de Atletismo em
2015 com medalha de prata no salto com vara, A competição reuniu um número
recorde de 1.936 participantes, de 207 países. A prata de Fabiana foi a
primeira medalha do Brasil no Mundial. Fabiana obteve a marca de 4,85m, recorde
sul-americano que a tornou número 1 do Brasil na história dos Campeonatos
Mundiais.
Na
final dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Fabiana e Yarisley disputaram o ouro,
onde acabou ficando com a prata.
Apesar
de não ter se classificado na final das Olimpíadas Rio 2016, Fabiana trouxe ao
Brasil quatro medalhas: ouro (Daegu 2011) e prata (Pequim 2015) em Mundiais em
estádio e ouro (Doha 2010) e bronze (Valência 2008), em Mundiais indoor.
Desde
a década de 1980 e 1990 com o meio-fundista Zequinha Barbosa, nenhum
brasileiro, até Fabiana Murer, havia subido em quatro pódios Mundiais (prata e
bronze em estádio, ouro e prata em ginásio).
Vanderlei Cordeiro de Lima
Vanderlei e seu famoso gesto de aviãozinho ao passar a linha de chegada nas corridas |
Outro destaque no Atletismo brasileiro está para um dos maiores
corredores da história, Vanderlei Cordeiro de Lima. Desde adolescente sonhava
em conhecer as cidades do interior do Paraná, quando ainda trabalhava na roça de
café e cana-de-açúcar, em Tapira, e ia correndo através delas até a escola. Corrida
que para ele era uma diversão se tornaria mais tarde sua profissão colocando-o
entre os principais maratonistas do Mundo.
Aos
12 anos, a prática diária da corrida de Vanderlei despertou a atenção de um
treinador de escola, o qual o levou para o atletismo. Aos 16 anos se destacou e
foi convidado a treinar profissionalmente, vindo logo a seguir, em 1988 a
treinar em São Paulo, e em 1990 em Campinas. Em 1992 o quarto colocado na São
Silvestre e em 94 surgiu o maratonista, que na prova da Fança, onde não havia
previsão para ser destaque, acabou vencendo a prova. A partir daí suas marcas passam
a aparecer são destaque até hoje.
Conquistas importantes:
-Vitória na Maratona de Tóquio, em 96, e depois o vice em 98
-Terceiro na Maratona de Fukuoka, em 99
-Ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg
-Título e recorde da Maratona de São Paulo, em 2002
-Vitória e recorde com a incrível marca de 28min01s nos 10 KM
Tribuna FM, em 97.
Vanderlei
foi se tornando um ícone no esporte mundial. Porém, seu maior destaque foi em
2004 nos Jogos Olímpicos de Atenas, um verdadeiro herói olímpico na cidade que
criou os Jogos. Correndo na liderança e já em grande vantagem na liderança para
a vitória na prova, houve o famoso acontecimento com um manifestante irlandês
que o segurou faltando apenas 7 km para o término da prova de 35 km.
O episódio atrapalhou sua extrema concentração, mas ele não
desistiu e voltou a correr após ser ajudado por alguns espectadores. Ainda
assim, manteve a liderança por aproximadamente mais dez minutos e depois acabou
sendo ultrapassado por dois atletas.
O fato não o impediu de entrar no Estádio Olímpico de
Panathinaikos fazendo o famoso aviãozinho e comemorando a sua maior vitória, a
tão sonhada medalha olímpica, mesmo sendo de bronze.
Sua atitude nobre fez o Comitê Olímpico Internacional entregar-lhe
a medalha Pierre de Coubertin, que representa o mais alto grau de esportividade
e espírito olímpico.
Seu destaque nos esportes continuou, e em 2008, 4 anos após as
Olimpíadas, Vanderlei criou o Instituto Vanderlei Cordeiro em Campinas para
incentivar os jovens na prática do Atletismo e na sua formação como cidadãos.
Nas Olimpíadas Rio 2016, Vanderlei, aos seus 47 anos, foi
escolhido para substituir o atleta Pelé que não pode comparecer, para acender a
Chama Olímpica na abertura dos Jogos.
“A medalha de ouro, eu recebi hoje: poder viver essa emoção. É a
primeira vez que participo de uma abertura de Jogos Olímpicos. Participei de
três edições, mas só chegava depois. Foi o maior reconhecimento que eu poderia
receber do meu país”, afirmou o ex-atleta.
- - -
Texto: Carin L. PerskeAssessoria de Comunicação - SME/PMF
Referências bibliográficas:
- Confederação Brasileira de Atletismo: Heróis do Atletismo. Vizualizado em agosto de 2016 no site: http://www.cbat.org.br/galeria/herois/galeria.asp
- Vanderlei de Lima: História. Vizualizado em agosto 2016 no site: http://www.vanderleidelima.com.br/historia.html
- Uol: Olimpíadas. Vizualizado em agosto de 2016 no link: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/05/pira-olimpica-maracana.htm
- Vanderlei de Lima: História. Vizualizado em agosto 2016 no site: http://www.vanderleidelima.com.br/historia.html
- Uol: Olimpíadas. Vizualizado em agosto de 2016 no link: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/05/pira-olimpica-maracana.htm
0 comentários