Enzo
e Davi dividiram o mesmo espaço durante oito meses. Pouco a pouco se
acostumaram com os batimentos cardíacos um do outro. Passaram pelas mesmas
descobertas e sensações desde o inicio da vida. No final da gestação,
desgrudaram as mãos para se aventurarem em um mundo que nunca viram, só ouviram
falar.
Foi
com 11 semanas de gestação que o casal, Eric e Cinara, constataram que seriam
pais, e foram surpreendidos que ali, na barriga da futura mamãe, dois bebês
estavam abrigados. “A principio perdemos a fala. Não existem palavras para
descrever esse momento. A felicidade veio aos poucos até que nos consumiu por
completo”, relembra Cinara.
Em junho
do ano passado, os irmãos vieram ao mundo por meio de uma cesariana no Hospital
Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Juntaram-se a Caíque
de quatro anos, irmão dos pequenos. “Ele não sente ciúmes, até gosta de me
ajudar a cuidar”, comenta orgulhosa a mãe.
É na
família de Cinara que os casos de gêmeos são recorrentes. Por parte de pai, a
avó teve filhos gêmeos, e uma tia teve trigêmeos. “Apesar de ter esses casos,
nunca suspeitei que pudesse acontecer comigo”, acrescenta.
“Quando
um falta, o outro procura o irmãozinho com os olhos. Sente falta”
Enzo
e Davi são inseparáveis. Juntos, frequentam o Núcleo Municipal de Educação
Infantil Otília Cruz, na Coloninha, deste o inicio deste ano.
Para
reconhecer qual dos dois é o Davi ou o Enzo, a professora Lucila dos Prazeres
destaca que a fisionomia de ambos é quem ajuda. “O Davi possui o rosto mais
arredondado, o do Enzo é mais afinado. Por serem bebês, ainda não há uma
interatividade intensa entre os dois”, relata.
“A turma é tranquila. Procuramos interagir com
cada um para que todos tenham os mesmo estímulos. Os meninos são super
tranquilos. Mas, quando um deles não vem por algum motivo, a gente percebe que
o outro fica com saudades. Procura o irmãozinho com os olhos.”, diz Lucila.
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